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Jovens aprendem política para fortalecer os territórios amazônicos. Jovens de realidades diversas se reúnem para aprender sobre incidência política com foco em uma atuação mais efetiva em seus territórios. As eleições, no Brasil, vão acontecer em outubro com 156,5 milhões de brasileiros aptos a votar. Entre os jovens de 16 e 17 anos, que não são obrigados a votar, a proporção dobrou da última eleição para essa e são, aproximadamente, 2,1 milhões de pessoas, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). “A importância do voto é inegável, mas é apenas uma das maneiras de atuação política. Melhorar o entorno também é uma forma de agir”, diz Fabiana Prado, coordenadora do LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Mas para isso, é preciso entender como atuar. Esse é um dos objetivos do curso Formação de Jovens Lideranças Fortalecendo Territórios Amazônicos, organizado pelo LIRA/IPÊ. O curso reúne indígenas, ribeirinhos, extrativistas e ativistas participaram do curso em busca de novos conhecimentos para melhorar o entorno e trazer desenvolvimento sustentável e pretende atender à necessidade de qualificar a atuação do jovem para o advocacy principalmente na agenda socioambiental.

Fundo LIRA. A origem do nome do Fundo LIRA. O mito grego de Orfeu conta que ele recebeu uma lira de presente do deus Apolo. Quando a lira era tocada por Orfeu, os pássaros paravam para escutar, os animais selvagens perdiam o medo e as árvores se curvavam para pegar os sons que o vento trazia. O … Ler mais

Afinal, o que é a Amazônia Legal? A Amazônia Legal é uma área que engloba nove estados do Brasil pertencentes à bacia Amazônica e à área de ocorrência das vegetações amazônicas. Além de conter 20% do bioma cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros, que corresponde a 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta, detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e 1/5 da disponibilidade mundial de água potável. O conceito foi instituído pelo governo brasileiro como forma de planejar e promover o desenvolvimento social e econômico dos estados da região amazônica, que historicamente compartilham os mesmos desafios econômicos, políticos e sociais. O LIRA é o segundo maior programa de conservação brasileiro e foi concebido para aumentar a efetividade de gestão das áreas protegidas da Amazônia – as unidades de conservação e as terras indígenas – que constituem 34% da Amazônia Legal.

A criação das áreas protegidas – unidades de conservação e terras indígenas, garantiu níveis bem mais baixos de desmatamento se comparadas com outras áreas, apesar de sofrerem cada vez mais pressão. Sua implementação foi uma estratégia significativa para garantir o futuro da Amazônia e, por consequência, da biodiversidade. A consolidação dessas áreas vai além da proteção ao desmatamento, pois representam culturas, línguas, economia, governança, presença do Estado e conservação da biodiversidade. A importância da Amazônia para a regulação climática e o equilíbrio ambiental planetário deixa claro que os benefícios promovidos não são apenas para os povos que vivem no território, mas para toda a sociedade que se beneficia da conservação da floresta.

Fundo LIRA.

Projeto Navegando Educação Empreendedora na Amazônia.O potencial da Amazônia é imenso e muito disso se deve às pessoas que habitam esse território. Em 2021, em parceria com o LinkedIn e LIRA/IPÊ, a bordo do barco Maíra, nós mapeamos as cadeias de valor que existem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Puranga Conquista, em Manaus (AM). Ali, descobrimos centenas de empreendimentos. Por meio de uma seleção, desenhamos com 21 deles quais eram os sonhos para seus negócios e para a sua própria vida dentro do território. Tudo isso, com nossa equipe técnica e um time de voluntários de empresas e instituições que apoiaram trocando conhecimentos sobre gestão, marketing e infraestrutura. Os voluntários tornaram-se mentores e os empreendedores já estão recebendo apoio para fortalecerem seus negócios.

Estudo sobre CO2. Um estudo assinado por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal Fluminense (UFF), publicado na Nature Comunications em julho, demonstrou que a taxa de acumulação do CO2 é 2,3 vezes maior nas áreas de mata preservada em relação a regiões desmatadas. O CO2 é um dos principais gases que se acumulam na camada de ar e impedem a liberação do calor da Terra, criando o efeito estufa, fenômeno que provoca o aumento da temperatura média do planeta. Uma das maneiras de amenizar o problema do desmatamento é apoiar a proteção e gestão das áreas protegidas, ou seja, das unidades de conservação e terras indígenas, e das comunidades e modos de vida local e negócios associados à floresta em pé. É isso que faz o Projeto Lira – Legado Integrado da Região Amazônica.

O LIRA apoia o fortalecimento institucional das organizações indígenas. O que é extremamente importante, pois contribui para que os povos cumpram o seu papel na discussão dos territórios e no fortalecimento da sua cultura. Como fazemos isso? Fomentando as cadeias produtivas, desenvolvendo ações de formação e de construção de instrumentos de gestão econômica territorial, para que sejam criadas condições favoráveis de acesso ao mercado com base em parcerias comerciais sólidas e duradouras. Frente ao cenário de desmatamento e fogo à qual estão constantemente expostas, nossas ações também dão suporte para que os indígenas possam aumentar o seu sistema de vigilância.

O Brasil possui 728 terras indígenas, sendo a maior parte na região amazônica. Mais de 55% da população indígena vive nos Estados da Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Atualmente existem mais de 250 povos indígenas no Brasil, somando mais de 600 mil pessoas e falando mais de 150 línguas indígenas. Os dados são do Instituto Socioambiental (ISA). @socioambiental. As Terras Indígenas são reconhecidas como os territórios que conservam a biodiversidade brasileira, devido aos conhecimentos e formas de viver de seus povos. A conservação da Amazônia depende da autonomia dos povos indígenas e o LIRA / IPÊ trabalha para ajudar nesta e em outras causas fundamentais para a sobrevivência da floresta.

O 1º Encontro Nacional de Castanheiras e Castanheiros reuniu extrativistas da Amazônia, no mês de agosto, em Manaus. O evento foi promovido pelo Coletivo da Castanha e pelo Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA) em parceria com várias organizações da sociedade civil. Foram três dias de trocas de experiências, conversas, debates, oficinas, apresentações culturais e reuniões com mais de 80 extrativistas de todos os estados produtores de castanha-da-amazônia. A gente esteve lá, claro, apoiando a participação de castanheiros que têm projetos na REDE LIRA/IPÊ. Foram mais de 158 pessoas dos Estados do AM, AC, RO, RR, MT e AP!