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Evento celebra 5 anos do projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica
A equipe técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participou do encontro do Projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, que aconteceu em Brasília, entre os dias 22 e 24 de novembro. Com uma rede diversificada de participantes, foram discutidos os cinco anos do projeto, criado para aumentar a efetividade da gestão das terras indígenas e das unidades de conservação da Amazônia, além de soluções para os desafios enfrentados pelo bioma.
Em seu discurso de abertura, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, destacou que a articulação do projeto envolve dezenas de organizações da sociedade civil que atuam na região. “A unidade de conservação não existe sozinha. Apesar de ter o nome de unidade, não quer dizer que é única, pelo contrário, está inserida em um contexto, assim como as terras indígenas. É essencial que os agentes de cooperação priorizem iniciativas que façam a diferença nos territórios. O LIRA é um ótimo exemplo dessa perspectiva”, finalizou.
Os três dias de encontro contaram com mesas temáticas, salas de discussões, espaços interativos, exposição de produtos amazônicos, dentre outros. Pelo ICMBio, foram apresentados os instrumentos que envolvem a gestão de unidades de conservação na Amazônia, como a preservação dos territórios, geração de renda através de atividades sustentáveis, reforço da fiscalização em áreas protegidas, monitoramento da biodiversidade, regularização fundiária e acesso às políticas públicas.
ICMBio
O coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Paulo Morita, participou da discussão sobre os reflexos do cenário de prevenção e combate a incêndio nas comunidades e nas condições de vida das populações no bioma, no contexto de mudanças climáticas. “Não são apenas as mudanças climáticas, mas o uso e ocupação do solo também deve ser avaliado. O incêndio é uma consequência dessas alterações”, afirmou.
Outro debate importante foi sobre a gestão em áreas de sobreposição de reservas indígenas e de conservação, com participação do analista ambiental do Instituto, Marcelo Cavallini. O analista também destacou a criação em 2015 do Grupo de Trabalho Funai e ICMBio, que identificou situações de sobreposição, elencou os instrumentos de gestão e propôs aprimoramentos.
Em uma das salas sobre direitos e proteção dos povos e comunidades tradicionais, a diretora de ações socioambientais e consolidação territorial do ICMBio, Katia Torres, valorizou a resistência dos povos que, segundo ela, são guardiões dos territórios e das águas. Katia também reforçou que o Instituto tem apoiado movimentos para promover articulações entre os povos e o governo. A criação das reservas extrativas é um reconhecimento desses povos.
Idealizado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) em parceria com ICMBio e Governo do Pará, o LIRA recebe apoio financeiro de cerca de R$ 61,3 milhões do Fundo Amazônia e Fundação Gordon e Betty Moore. O encontro Legado Amazônico trouxe como base o tema “Tecendo Redes na Gestão de Áreas Protegidas”.
Veja os temas debatidos pelo ICMBio:
- Instrumentos e Efetividade de Gestão: Carlos Abirached – Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conservação
- Estratégias para Proteção e Vigilância em Áreas Protegidas: Tatiane Leite – Gerência Regional Norte Manejo Integrado do Fogo: João Paulo Morita – Coordenação de Manejo Integrado de Fogo
- Agentes Ambientais na Gestão de Áreas Protegidas: Helena Machado – Coordenação Geral de Gestão de Pessoas Uso do Monitoramento da Biodiversidade no Manejo: Marcelo Cavallini – Coordenação Geral de Gestão Socioambiental
- Instrumentos e Metodologias de Monitoramento em Áreas Protegidas: Rachel Klaczko – Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade; e Mariusz Szmuchrowski – Divisão de Monitoramento e Avaliação de Gestão
- Avanços e Implementação de Instrumentos de Gestão em Terras Indígenas: Rodrigo Faleiro
- Estratégias na Regularização Fundiária em Unidades de Conservação: Eliani Maciel – Coordenação Geral Coordenação Geral de Consolidação Territorial
- Direitos e proteção dos povos e comunidades tradicionais: Katia Torres Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs
- Arranjos de Gestão Integrada: Carla Guaitanele – Coordenação Geral de Uso Público e Negócios
- O Futuro da Sociobioeconomia nas Áreas Protegidas: Tatiana Rehder – Coordenação Geral de Populações Tradicionais
- Arranjos Formativos para as Áreas Protegidas: Paulo Russo – Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade – ACADEBio
- Acesso à Políticas Públicas: Mara Nottingham – Coordenação Geral de Populações Tradicionais
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